quinta-feira, dezembro 29, 2011

As vezes nem o Quintana, nem o Pessoa falam por nós.
É tão facil repetir palavras bonitas sobre amor e respeito pra convencer do quanto somos bons moços e do quanto somos leves.
Mas a gente não. A gente é intenso, irritantemente escrupuloso e louco mesmo.
Ama, chora e ri, cuida com unhas e dentes e quando tem que perder, perde. E respeita e continua amando. E nao luta por paz nenhuma, porque isso é incoerente e só existe nas letras dos caras das overdoses. Parece bobagem mas paz é coisa de que vem de dentro.
Honestamente, talvez a gente não esteja mais perdido que essas pessoas que estao efusivamente "felizes para sempre" que a gente vê por ai. Mas a gente vive por inteiro. E mesmo com todo o medo, é assim que a gente faz, porque doi viver de outra forma que nao a forma que sentimos.
Sim: "viver doi, mas doi so no começo."
Sabe, eu li em alguma lugar que pra conhecer alguem, lide com este alguem em situações criticas, intimas, de medo ou raiva. Ai voce vai conhecer esta pessoa. Pois é, já vi essa gente surtar, ja vi chorar, ja vi ser realmente feliz. Ja vi ser o que for e não chorar a noite.
Chorar, só por filme triste e pela fome no mundo. Só.
Acho que eu nao vejo normalidade em nenhum deles. Eu agradeço a Deus por isso.

Nenhum comentário: