quarta-feira, abril 16, 2008

Uma tarde nublada e uma volta por aí.

Tava tão nublado que os postes acendiam as luzes porque achavam que já era de noite.
Fazia um frio tão bom que nem parecia frio.
O vento jogando o cabelo na testa não incomodava tanto a ponto de fazer tirar as mãos quentes do bolso pra arrumar, mesmo porque bagunçaria de novo em menos de dois segundos....
Andava olhando pro verde que sempre insistia sem sucesso no concreto, mas na verdade prestava atenção no som do tempo quando espera pela chuva, sabe?
É quase uma bobagem esse monte de detales mas enfim...
A cidade tava linda, e virou cenário pros sentimentos.
Sentimentos sem nome, sem dor, sem pressa, sem palavra.
É como Lembrar de toda a vida ate aqui e sentir uma euforia tranqüila por saber que toda essa liberdade é justamente o que prende isso que tem que ficar dentro da gente pra sempre... Você entende?
É saber não ser e apenas ser. Defeitos pelo menos são sinceros...
É tentar se explicar e de repente... Isso não importa mais.
É achar que pode existir isso de viver com a alma do lado de fora. E sorrir...
É continuar andando sem se importar se as pessoas vão olhar pra tua cara de sorriso acidental. Porque, afinal de contas, começou a chover e não tinha razão pra ta rindo, mas foi sem querer. Voce também sorriria...

Nenhum comentário: