quinta-feira, outubro 30, 2008

Era tarde e os sinais de trânsito já nem funcionavam mais.
Era hora de ir pra casa pois ela estava cansada de tudo.
Queria desistir disso, mas pensar em desistir de vez era uma coisa que a matava por dentro o e por mais que ela gritasse, chorasse e batesse os pés no chão, ela temia que essa fosse a única solução. Então resolveu não pensar, não se abater, tentar esquecer, que é pra ver se tudo isso perdia de vez a importância.
Resolveu sentar ali naquele banco de concreto, não pra descansar e sim pra desistir logo, mas isso, obviamente, lhe parecia impossível, pois machucava e não fazia sentido naquela noite.
Ela ainda tinha esperança.
Aquela esperança de que tudo ainda ia dar certo não deixava cair uma lágrima sequer.
Ela achava que ela só precisava lutar mais um pouco e tudo mudaria... sorriu pro nada, olhando pros próprios pés.
E de repente ela ainda tinha a vida toda pela frente.
Ela só precisava amar tudo que valesse a pena, tudo que fosse lindo e sincero. E era só nisso que ela pensava enquanto respirava, era só nisso que ela pensava enquanto fingia que prestava atenção nos cadarços que estavam desamarrados e curiosamente limpos.

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