quarta-feira, outubro 01, 2008

As cenas ainda são bem nítidas na minha cabeça, e pra ser sincera, nem de longe eu me senti como achei que me sentiria. Apenas aquela euforia inocente e mais nada. Nem alegria e nem tristeza.
Alias, eu achei tudo muito bobo, tudo muito de repente, tudo muito sem importância.
Isso me mata.
Eu nem sequer conseguia me concentrar em nada. Dentro dos meus próprios pensamentos eu apenas falava comigo mesma. Acho que eu até ri comigo mesma, ria de mim, ria da minha sobriedade e sã consciência alienígena habitual diante de qualquer situação embaraçosa. Isso é tão não peculiar.
Não estava tentando explicar nada pra ninguém e, pro meu bem, que nada ficasse claro mesmo dessa vez.
É que eu tinha mil coisas pra falar, só que não era importante falar nenhuma dessas coisas... Não era sequer viável dizer tudo.
Bateu aquela preguiça enorme de começar dizendo tudo o que eu estava sentindo e tudo o que realmente estava acontecendo: "Vou ali e já volto" e mais nada.
Eu era uma incógnita.
Mas isso, pela primeira vez, não era tão ruim.

Um comentário:

Daniel Savio disse...

Os seres humanos humanos são umas incognitas, mesmo o que sabemos de nós mesmo, imagina sobre o que sabemos sobre outra pessoa...

Só não vá se refugiar dentro de si mesmo, pois é mais divertido brincar aqui fora no mundo "real".

Fica com Deus menina.
Um abraço.