quarta-feira, outubro 08, 2008

Não trabalhei hoje, então passei a manhã fazendo as unhas, como há muito tempo não fazia e como é de praxe a TV ficou ligada mesmo que eu não estivesse assistindo, mesmo que fosse a blogueira mais famosa do Brasil entrevistando o cara mais descolado e engraçado da Mtv eu ficava mesmo com os meus pensamentos, aliás, eu só parei mesmo pra ver a reportagem sobre a Tati Bernardi, que lançou outro livro. Aliás, ela não tá mais loira! - Aah! E daí? Foda-se a cor do cabelo gente... -
Enquanto as unhas secavam, fiquei entre o gibi novo da minha irmã que estava por ali e as goladas na garrafa de vinho da minha mãe, que só bebe vinho porque isso faz bem pro coração e que me mataria se soubesse que eu estava bebendo esse "remédio" assim. Bem, se me perguntarem sobre a história do tal gibi eu vou rir e só. Não sei, não lembro, não dou a mínima! Eu estava mesmo pensando sobre tudo o que aconteceu até aqui, pensando se eu fiz tudo certo, fiquei me perguntando como seria se eu tivesse sido diferente. Estava me sentindo calma. Nem triste, nem nada, apenas calma. Também, convenhamos que eu tenho lá meus motivos para estar calma, motivos pra lá de superficiais, eu admito, mas ainda assim são motivos. Fiquei pensando em todas as coisas que eu já disse, e porque eu as disse? Fiquei tentando ver as coisas pelo ponto de vista de outra pessoa. Pensava, pensava e ainda assim concordava comigo mesma. Eu admito que isso me torna uma pessoa inflexível e difícil, quase uma cabeça dura, mas nada tinha mudado e exatamente hoje, tudo o que eu não estava levando a sério e tudo o que não era importante era o que me mantinha viva* e eu precisava disso. Eu me sentia mal por isso. Não gosto de usar situações e oportunidade pra esquecer de uma mal qualquer dentro do peito. Era ilusão, mas ainda assim me sentia calma por todas essas coisas que não faziam o menor sentido. Isso me mantinha calma.
Fiquei naquela cena quero-ser-gente a tarde toda, eu e aquela calma absurda que eu estava sentindo. Qualquer coisa ali estava me fazendo pensar em coisas que não eram importante.
E já que eu estava ali, sozinha e meio tonta, resolvi que também não iria pra academia. Me entupi de chocolate e amendoim. Faz um mês que fazer isso é uma loucura, no mínimo! Também depois de ter um professor gostosão dizendo que isso é mais nocivo que usar drogas eu fico toda cheia de dor na consciência.
Mas eu comi, bebi e fiquei escutando Hot N' Cold da Kate, toda me sentindo a protagonista do clipe (se é que essa música tem um clipe, sei lá), não queria ir pra faculdade também, esse era meu dia que ninguém precisava me ver por aí, mas mais algumas horas assim e eu iria, sei lá, me viciar em viver assim.
Então, o telefone tocou e era um amigo meu. Eu sei que vai soar estranhamente romântico se eu disser que eu tava mesmo pensando nele na hora, mas enfim, ele veio com aquela notícia chata que me fez querer pular no pescoço dele como se ele ou mais alguém tivesse culpa de alguma coisa. Lamentei, adiei mil esperanças, quase xinguei ele, mas no final sorri. Ele e nem ninguém tinha culpa de nada. E como eu sou insuportavelmente otimista, lembrei do lado bom da coisa toda e fui logo soltando "Tá tudo bem, tá tudo ótimo, amigo"... E como todos os planos de ser feliz já tinham ido pelo ralo mesmo, mandei a mensagem que salvaria, pelo menos, o meu sábado, peguei a mochila e fui pra faculdade, como se nada disso fosse importante.
E que irônico, tudo isso que me parece sem importância, tem me mantido calma e viva.

4 comentários:

Daniel Savio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Daniel Savio disse...

Hoje você está complexa, não estou certo?

Fica com Deus menina.
Um abraço.

Ro disse...

quem comentou e depois "descomentou? Que coisa feia! hunf!

rs

Daniel Savio disse...

Olha, fui eu mesmo, é que notei um erro de "contexto"...

Hua, kkk, ha, ha, brincadeira com um fundo de verdade.

Fica com Deus menina.
Um abraço.