domingo, março 08, 2009

O dia em que ele me viu surtar

Eu precisava conversar com ele porque ele sempre sabe o que é.
E soube.
Então ele veio e me disse o que eu tinha que ouvir.
Como um doutor, como um louco assustador, ele sabia. Eu sorria, mas ele sabia.
E como se eu fosse adulta, ele explicou o que não se explica, disse o que não se diz, como se eu precisasse sentir dor pra crescer.
E cresci.
Meu coração sentiu um "sei la o que" dolorido e incomodo.
Senti a morte de quem ainda vive, me senti perder o que eu não tinha, senti que amei só o que não se deve amar.
E amo.
Então ele disse que eu tinha que esperar pra ver, que eu tinha que senti e mais nada, como se fosse simples, como se fosse possível.fácil.
Ele continuou falando, tão inteligente, tão hittler, tão acadêmico, tão cirúrgico, tão certo, tão sensato.
Meu coração apertou, chorou, doeu. Parecia que uma mão gigante o apertava sem dó.
E ele ali, me vendo desmoronar, me vendo chorar por dentro, sem cuidado, sem maquiagem, sem rosto. Ele apenas continuava parado, irritantemente quieto, irritantemente compreensivo, irritantemente certo.
Então como se ele tivesse alguma culpa, eu queria agredi-lo, gritar com ele, empurrar ele que é pra ver se ele parava de ter razão.
Mas não, ele não parou ter razão...


[Ele: O Di]

Um comentário:

Daniel Savio disse...

Uia, sai desse corpo Samara que não te pertence...

Hua, kkk, ha, ha, brincadeira com um fundo de maldade.

Mas não fique tão preocupada, pois o primeiro passo (o da aceitaçã) você está percorrendo, só falta os outros (arranjar alguém maneiro para se gosta).

Fique com Deus, menina.
Um abraço.